O câncer de pâncreas geralmente acomete pessoas acima dos 60 anos e é responsável por cerca de 2% dos diagnósticos de câncer no mundo e por 4% das mortes relacionadas ao câncer, sendo uma doença bastante letal.
Os principais fatores de risco para o seu desenvolvimento são: história familiar, pancreatite crônica, tabagismo, diabetes, obesidade, sedentarismo, cistos pancreáticos (neoplasia mucinosa cística, neoplasia mucinosa papilar intraductal), exposição à substâncias químicas, etc.
Os sinais e sintomas deste câncer dependem da localização do tumor (se cabeça, corpo ou cauda do pâncreas), e os mais comuns são: dor abdominal, emagrecimento e icterícia (pele e olhos amarelados). Também pode ocorrer também urina escurecida, cansaço, fezes claras, presença de gordura nas fezes, diagnóstico recente de diabetes, entre outros.
Atualmente recomenda-se que todos os pacientes com câncer de pâncreas devem ser avaliados quanto à presença de alterações genéticas germinativas (mutações que já nascem com a pessoa), uma vez que elas são encontradas em cerca de 20% dos pacientes e pode ter impacto nas estratégias de tratamento e orientação dos familiares.
A maioria dos casos é diagnosticado em estágios avançados e aproximadamente 5% em estágio inicial. O tratamento consiste em cirurgia, quimioterapia e em casos selecionados, radioterapia. A quimioterapia pode ser feita antes da cirurgia (chamada de quimioterapia neoadjuvante) quando não é possível a ressecção tumoral de início ou após a cirurgia (quimioterapia adjuvante). Nos casos de doença metastática, o tratamento pode incluir quimioterapia, imunoterapia ou terapia alvo a depender das características tumorais e achados moleculares.